O palhaço em seu camarim coloca a peruca na caixa.
Sob as luzes vai retirando a maquiagem, revelando um homem cansado de mais um espetáculo. De muitos. De muitas temporadas. Foram três hoje e serão três amanhã.
Tem sido assim há trinta (quarenta?) longos anos. Ele quase só pensa em dormir.
Quase.
Ele ainda tem tempo de lembrar do riso e dos olhos brilhantes da menina da primeira fila da platéia. Ela ainda acreditava em magia...
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